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sábado, 8 de outubro de 2011

As vítimas de Maranhão e a crise do PMDB


É realmente um fenômeno o fato do ex-governador José Maranhão ainda ser o líder mais temido e respeitado dentro do PMDB. Ao longo de vários anos, ele só colecionou vítimas dentro da legenda. Sempre impondo seu próprio tom. Escrevendo suas próprias regras.
Aliás, talvez seja por isso mesmo. É pelo que mal que se conquista o respeito mais rápido. Embora seja pelo bem que ele dure mais tempo.

Somente na última década, quando “ejetou” Ney Suassuna da campanha em 2002, Maranhão foi fazendo vítimas dentro do próprio PMDB, criando uma silenciosa massa de “aliados magoados”.
De Suassuna a Roberto Paulino, de Tarcísio Burity a Trócolli Júnior, até chegar caso mais recente – Gervásio Maia - e, futuramente, em Manoel Júnior, todos sabem o que é conviver com o egocentrismo inato da velha raposa de Araruna.

E quem acha que o ex-governador faz tudo pensando somente no próprio clã está muito enganado. Forçadamente alijado da campanha de 2006, Benjamim Maranhão, que é sobrinho do ex-governador, sabe muito bem do que estou a falar.

O problema é que um dia a corda arrebenta. Como diria Maquiavel, o povo aceita tudo, menos ser oprimido. Assim como os peemedebistas. E a de Maranhão está muito próxima. A decisão do deputado Gervásio Maia permanecer no PMDB, apesar de romper com Maranhão, é um sinal do início da sublevação que está pra acontecer no reinado do ex-governador.

Gervásio quis ficar porque sabe que pode arregimentar um exército de “aliados magoados” dentro do próprio PMDB para impor ao partido uma nova era, onde os novos tomarão lugar dos velhos, numa imensa transição interna que levará Maranhão para a aposentadoria compulsória.

É por isso que Gervasinho resolveu ficar. Pra recrutar figuras como Roberto Paulino e Manoel para a revolução silenciosa.
De Campina Grande, o prefeito Veneziano Vital do Rego não pode – nem deve- desprezar esse novo sentimento.
Corre o risco de ficar falando sozinho dentro da própria casa.

Luís Tôrres

Roseana Meira assume a presidência do Cosems

A secretária de saúde de João Pessoa, Roseana Meira, tomou posse nesta sexta-feira (7) pela manhã como presidente do Conselho de secretarias Municipais de Saúde da Paraíba (Cosems), juntamente com a nova diretoria da entidade composta pela presidente e outros 31 secretários de saúde. O evento que foi realizado no auditório do Sesi, no Centro, e contou com presença do governador Ricardo Coutinho, do secretário de Gestão Participativa do Ministério da Saúde, Odorico de Andrade e secretários da PMJP representando o prefeito Luciano Agra, além de convidados.

Roseana Meira ressaltou a importância do Conselho. "Precisamos fortificar o Cosems para oferecer um serviço público de qualidade e em defesa da vida, utilizando os debates da entidade como um espaço de construção de políticas cidadãs”, enfatizou Roseana.

O governador Ricardo Coutinho destacou que a atual diretoria do Cosems terá um papel importante na pactuação no Estado e no país das ações na saúde. "É marcante a secretária Roseana Meira ser a presidente num momento em que está proposta uma relação interfederativa para fortalecer o serviço oferecido à população e que o Governo Federal coloca a saúde na agenda econômica e política”, ressaltou o governador.

O presidente do Conselho nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Luís Odorico de Andrade, ressaltou que o país está passando por um processo de construção de guias regulatórias entre Governo Federal, Estado, e municípios. "Temos que tentar criar uma responsabilização maior no que diz respeito à regionalidade, aumentando o processo de relação solidária”, afirmou Odorico.

Roseana destacou ainda que a diretoria pretende aglutinar os secretários. "Com isso, vamos fazer um Cosems mais forte, através de uma maior presença nas decisões e na capacitação. Este é o momento de reforçar o Conselho, principalmente depois desta diretoria ter sido formada em decorrência da eleição mais participativa dos 20 anos de entidade”, declarou Roseana Meira.