A Adutora Translitorânea, planejada para ampliar o abastecimento e acabar com a falta de água nos bairros da Grande João Pessoa – além dos municípios de Alhandra e Conde –, está com a Estação de Tratamento de Água em fase de conclusão. Considerada a maior obra da primeira etapa do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC I), orçada em R$ 160 milhões, a adutora vai atender a 1,6 milhão de habitantes, o que permitirá elevar a oferta de água para o nível de quatro metros cúbicos por segundos.
Conforme o secretário executivo de Obras do PAC da Paraíba, Ricardo Barbosa, essa obra abastecerá essa região por mais 20 anos – até 2032. São 28 quilômetros de adutora, apenas nessa primeira parte da construção do projeto. “Com isso, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) duplicará a produção de água para atender a demanda da população, que cresceu muito nesses últimos anos”, destacou Barbosa.
“O projeto terá um alcance social extremamente importante, já que se trata da distribuição de água, algo imprescindível. O governo dá um grande passo nessa questão. O setor tem sido uma das prioridades, com investimentos significativos, especificamente, nos projetos de recursos hídricos”, explicou.A obra – Localizado no Litoral Sul da Paraíba, o sistema adutor denominado de Translitorânea compreende a captação em três pequenas barragens nos rios Cupissura, Taperubus/Papocas e Abiaí. As adutoras desses rios convergirão para um reservatório de reunião, constando de duas câmaras de cinco mil metros cúbicos que se interliga com a Estação Elevatória denominada EB4 – daí, vai em recalque até um stand-pipe, para seguir por gravidade até a Estação de Tratamento de Água em Gramame, ampliada para tratar a vazão de 3.934 litros por segundo.
Em Gramame, as obras estão avançadas na construção da nova estação de tratamento. Nessa primeira etapa do sistema adutor, o governo já investiu R$ 114.550.554,06. A capacidade do sistema atual, ampliada pela última vez em 1990, é de 3.198l/s, e a ampliação projetada é de 1.120l/s. Portanto, o novo sistema terá capacidade total para 4.300l/s, suficiente para o atendimento de uma população estimada em 1,6 milhão de habitantes (a ser alcançada por volta do ano 2032).
Na primeira etapa em execução, será disponibilizada a vazão do rio Taperubus/Papocas, sendo a tomada feita no canal de desvio construído apenas para direcionar o escoamento do rio para o local da estação elevatória EB2.Tratamento – A estação de tratamento de águas existente será ampliada com a construção de um novo módulo, conforme previsto no projeto, que é do tipo convencional, com capacidade atual para 1.917 l/s e que passará para 3.834 l/s. A estação é composta de mistura rápida em calha Parshall, quatro câmaras de floculação mecanizadas, quatro decantadores de alta taxa e oito filtros rápidos de taxa declinante, sala de cloração, além de casa de química e laboratório. Haverá uma sala destinada ao controle operacional, que será parcialmente automatizado, cuja obra está em execução.
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