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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Excesso de eleitores provoca revisão eleitoral em vários municípios. Saiba quais!

A última revisão eleitoral realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE) ocorreu em 2007, em 76 cidades da Paraíba, ou seja, mais de um terço dos municípios paraibanos, por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A revisão foi motivada pelo fato de que, naqueles municípios, o número de eleitores era superior a 80% do número de habitantes, o que é preciso averiguar, uma vez que crianças e outros segmentos que não são eleitores compõem a população. É bom lembrar que para analfabetos, maiores de 70 e os jovens de 16 e 17 anos, o voto é facultativo.

Havia municípios em que o percentual de eleitores superava 100%, o que significa dizer que os municípios computavam mais eleitores que habitantes – Aguiar (101,67%), Cacimbas (119,44%), Cajazeirinhas (111,93%), Duas Estradas (105,47%), Parari (103,48%), Poço de José de Moura (113,71%), Riacho de Santo Antônio (104,41%), Santa Inês (102,89%), São Domingos de Pombal (130,22%) e Várzea (105,59%).

A revisão eleitoral teve efeitos positivos para sanar grande parte das disparidades. Só para se ter uma ideia, o eleitorado de Aguiar (4.427) compreende, hoje, cerca de 80,05% do total de habitantes (5.530), quando em 2007 superava o total da população. Em Cacimbas, o eleitorado caiu para 70,36%.

Por outro lado, São Domingos de Pombal, que tinha distorções gritantes, com um eleitorado que apontava para 130,22% em relação à população, em 2007, continua com problemas – ainda tem mais eleitores que habitantes. O último Censo do IBGE dá conta que a população do município em 2010 era de 2.855. Mas é 2.907 o eleitorado apto a votar, o que equivale a 101,82%.

Em Cajazeirinhas ocorre o mesmo: com uma população de 3.033 habitantes, 112,23% desse total são eleitores – o TRE informa que há 3.404 eleitores aptos a ir às urnas. Já Duas Estradas ainda está com 86,61% (3.638 habitantes dos quais 3.151 são eleitores).

Mas na maioria dos municípios não há distorção. Em João Pessoa, que possui 723.115 habitantes, o número de eleitores (471.559) representa 65,21%. Já em Campina, com 385.213 habitantes, há 276.179 eleitores aptos e representam 71,70%.



Jornal da Paraíba

Presidente do TST ensina que pra ser legalista não precisa ignorar o cidadão

Antes da legalidade, debrucemo-nos sobre um fato resultante da gestão da Cruz Vermelha no Hospital de Trauma em João Pessoa. A qualidade do atendimento melhorou. A ausência de reclamações, como se viu outrora, na mídia, inclusive naquela que vê cabelo em ovo produzido pelo Estado, e números de pesquisas de satisfação dos usuários são indícios da melhoria.
Somente isso seria suficiente para superar o debate sobre a legalidade. Ao menos, entre os que mais precisam. Porque juiz e procurador, especialmente os que, por graça de Deus, nunca foram acidentados, não sabem como o Trauma funciona.
O povo sabe. De acordo com pesquisa publicada no Jornal Correio da Paraíba, edição deste domingo, 87% dos usuários aprovam a nova direção do Trauma e 80% dizem que os serviços melhoraram.
Mas a lei não pode ser burlada. Então, não a burlemos. Façamos uma adequação, portanto, em que seja preservada a legalidade e, especialmente, a satisfação popular.
Ora, se é certo que é preciso respeitar a Constituição Federal e assegurar contratação de funcionários concursados que se faça. Não me parece que a parceria da Cruz Vermelha, que trabalha majoritariamente com pessoal do quadro do Estado, impede tal respeito ao preceito constitucional.
Basta o governo pactuar, sob acompanhamento judicial, um roteiro de contratação de profissionais, que trabalharão sob a batuta da organização, para suprir a demanda da parceria. Mas com tempo. E não de forma açodada, como se tirar a Cruz Vermelha do Trauma fosse uma prova de cem metros, com direito a medalha pra quem conseguir.
Não há que se levantar também contra a parceria a tese de que é dever do Estado assegurar saúde para o cidadão. E que a parceria quebra tal princípio. Ao assegurar os recursos investidos no Hospital de Trauma e responder, inclusive judicialmente, porque qualquer dano ou ação da instituição, o governo mantém o irrestrito cumprimento do preceito constitucional.
Porque, ao que me consta, a Cruz Vermelha é responsável pela gerência do Hospital, mas o governo continua “dono do negócio”.
Ao se apegar, quase que cegamente ao debate da legalidade, o Judiciário trabalhista paraibano parece ter esquecido que, antes de ser legais, as decisões tem que ser humanas.
Lá de Brasília, o presidente do TST, Oreste Dalazen, que concedeu liminar em favor da manutenção da parceria, após rápida análise do processo, percebeu isso. Ao destacar a melhoria da qualidade do serviço no Trauma e ressaltar os prejuízos da suspensão antecipada da parceria, ele pensou em que precisa.
Não foi nem um pouco menos legalista por isso. Apenas um pouco mais humano.
 
Luís Tôrres

Felipe faz dois, Vasco vira contra o Flamengo e vai à final do 2º turno do Carioca

Em clássico emocionante realizado no Estádio do Engenhão, o meia Felipe foi o grande protagonista da noite deste domingo e conseguiu levar o Vasco a mais uma decisão de Taça Rio em sua história. Com dois gols, o jogador virou herói de seu time no triunfo por 3 a 2 contra o Flamengo, de virada, e credenciou sua equipe a disputar uma vaga na final do Campeonato Carioca.

Agora, a equipe do Estádio de São Januário disputará a decisão da Taça Rio contra o Botafogo, que eliminou o Bangu neste sábado após triunfo por 4 a 2. Quem for campeão do segundo turno ainda encontrará o Fluminense, que conquistou a Taça Guanabara, na grande final do Campeonato Carioca de 2012.

O jogo

De olho em apagar o fiasco da campanha rubro-negra na Copa Libertadores, quando o Flamengo sucumbiu ainda na etapa de grupos e foi o único time brasileiro a não alcançar a fase eliminatória, o técnico Joel Santana mandou força máxima ao gramado do Engenhão neste domingo.

Assim, embalada pela torcida que compareceu ao local, o time da Gávea partiu para cima de seu arquirrival e conseguiu abrir o placar ainda no início. Com apenas 2min de partida, Kleberson recebeu de Ronaldinho e fez belo lançamento para Vágner Love que, sozinho, tocou na saída de Fernando Prass.

O Vasco parece não ter sentido o baque do gol e partiu para cima dos flamenguistas. Melhor em campo mesmo com a derrota, o clube cruzmaltino não demorou para deixar tudo igual no marcados. Aos 14min, o meia Felipe arriscou chute de fora da área, Felipe aceitou, deu rebote e Éder Luís completou para o gol.

A partir daí o jogo ficou truncado no meio de campo. A equipe cruzmaltina, mais consistente, quase virou após falha da zaga rubro-negra, que deixou Diego Souza dominar na área e chutar forte, mas Felipe espalmou e mandou para escanteio.

O Flamengo respondeu na sequência em boa chegada de seu ataque. O centroavante Deivid, até então apagado no confronto, recebeu na área, viu Muralha livre e fez o passe. O jogador, livre de marcação, arriscou chute colocado, mas mandou para longe da meta vascaína.

E, quando tudo se encaminhava para um empate no intervalo do clássico, eis que brilha a experiência de Felipe. O meia pegou sobra na entrada da área, viu a marcação abrir e experimentou o chute. A bola ainda explodiu na trave antes de entrar, dando ao Vasco a vantagem no placar.

Com o revés, o técnico Joel Santana optou por fazer mudanças. Lançou Bottinelli na vaga de Muralha e mandou o Flamengo ao ataque, mas foi surpreendido ainda no início do primeiro tempo. Isso, porque logo aos 2min, o árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou pênalti que gerou muitas reclamações.

No lance, Alecsandro foi lançado na área e foi derrubado em lance com Felipe. A marcação da penalidade revoltou os flamenguistas, que ficaram ainda mais furiosos quando seu goleiro recebeu o cartão amarelo. Na cobrança, o meia Felipe pediu a bola e cobrou no canto esquerdo com categoria, ampliando.

Contudo, o Flamengo não sentiu o baque do gol e se jogou com pode ao ataque. Assim, conseguiu fazer o segundo ainda aos 7min da etapa complementar, após finalização de Kleberson de muito longe, com força, sem chances para Fernando Prass, que estava adiantado, dando números finais ao placar no Engenhão. Ficha técnica

FLAMENGO 2 x 3 VASCO

Gols FLAMENGO: Vágner Love, aos 2min do primeiro tempo, e Kleberson, aos 7min do segundo tempo VASCO: Éder Luís, aos 14min, e Felipe, aos 40min do primeiro tempo, e Felipe, aos 2min do segundo tempo

FLAMENGO: Felipe; Léo Moura, González, Welinton e Júnior César; Muralha (Bottinelli), Luiz Antonio (Negueba), Kleberson (Renato) e Ronaldinho; Deivid e Vagner Love Treinador: Joel Santana

VASCO: Fernando Prass; Fágner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri; Rômulo, Felipe (Carlos Alberto), Fellipe Bastos e Diego Souza; Éder Luís (Allan) e Alecsandro (Nilton) Treinador: Cristóvão Borges

Cartões amarelos FLAMENGO: Muralha, Wellinton, Bottinelli e Felipe VASCO: Alecsandro, Renato Silva e Rodolfo

Árbitro Marcelo de Lima Henrique

Local Estádio do Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Dilma anuncia projetos do PAC da Mobilidade para João Pessoa

A presidenta Dilma Rousseff anuncia nesta terça-feira (24) o Plano de Aceleração de Crescimento (PAC) de mobilidade para 24 cidades com mais de 700 mil habitantes, entre elas João Pessoa. A capital da Paraíba será contemplada com projetos de Bus Rapid Transit (BRT) e Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), enviados pela Prefeitura de João Pessoa dentro do “Plano Municipal de Mobilidade Urbana”.

De acordo com o ex-chefe de gabinete da PMJP, Raoni Mendes, a gestão municipal estava esperando o sinal positivo do governo federal desde do ano passado, mas a inclusão da capital paraibana nos recursos do PAC da mobilidade só foi efetivada após a posse do paraibano Aguinaldo Ribeiro no ministério das cidades, ao mesmo tempo em que o vereador Raoni Mendes(PDT), entregou pessoalmente um ofício nas mãos do ministro, acelerando a consolidação da parceria e a colaboração do governo federal.

No documento que foi entregue ao ministro no início de março, o vereador pessoense, defende a proposta de implantação de BRT (Bus Rapid Transit), um sistema de ônibus de alta capacidade no mesmo modelo utilizado em Curitiba. “Além de ser um meio de transporte público mais barato de construir do que um metrô, o BRT tem capacidade de transporte de passageiros similar à de um sistema de veículo leve sobre trilhos”, justificou Raoni.

O vereador ressalta que o executivo municipal está colocando em prática o projeto “Caminhos Livres”, que já abriu novas vias, alargou avenidas, criou anel viário, sistema de binários, tudo para tentar ‘desafogar’ o trânsito na capital, principalmente nos horários de pico. “Mesmo com todas essas intervenções feitas pela Prefeitura a situação do trânsito em João Pessoa ainda é caótica. O projeto é arrojado e audacioso, e eu percebo que para o mesmo se tornar realidade é de extrema importância abrir o campo das parcerias com as instâncias do governo federal, principalmente com o ministério das cidades”, afirmou Raoni.