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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Manoel Jr. peita Maranhão e garante bater chapa na convenção do PMDB a fim de se candidatar a prefeito de JP

O deputado federal Manoel Júnior (foto) prometeu bater chapa com qualquer um filiado do PMDB durante a convenção do partido, a fim assegurar sua candidatura a prefeito de João Pessoa pela legenda nas eleições do próximo ano. As declarações do parlamentar peemedebista foram dadas à TV Master na noite desta segunda-feira (8).

“Sou pré-candidato a prefeito de João Pessoa pelo PMDB e vou levar minha pré-candidatura até o fim. Espero que durante a convenção sejam respeitados todos os critérios democráticos”, observou Manoel Júnior, num claro recado ao ex-governador José Maranhão, que detém o controle do partido no Estado e que nos últimos dias passou a admitir a possibilidade de disputar a Prefeitura da Capital em 2012.

O deputado ainda comentou hipótese do PMDB indicar o candidato à vice numa provável candidatura do senador Cícero Lucena (PSDB). “Não acredito nessa possibilidade, porque acredito que o nosso partido terá candidato próprio e, como disse, vou levar minha candidatura até o fim na convenção do PMDB”, garantiu Manoel Júnior, admitindo, entretanto, a união das oposições num hipotético segundo turno contra o atual prefeito Luciano Agra.

Contradição
Questionado se sustentaria hoje todas as denúncias que fez no passado contra o senador Cícero Lucena, o deputado Manoel Júnior foi taxativo, ao afirmar que jamais denunciou o ex-prefeito de João Pessoa. “Nunca denunciei Cícero por corrupção. Quem o sempre denunciou foi o então deputado Ricardo Coutinho”, garantiu o peemedebista.

O Paraíba Já, porém, fez uma breve pesquisa na Internet e constatou uma das denúncias feitas pelo deputado peemedebista contra Cícero Lucena. Clique aqui e relembre o que disse Manoel Júnior ao Jornal Correio, em 7 de novembro de 2008, sobre o senador do PSDB.

Alternância de poder
Durante a entrevista à TV Master, Manoel Júnior mandou outro recado à cúpula peemedebista, desta vez ao abordar o Diretório Municipal do PMDB de João Pessoa, que é presidido pelo deputado federal Benjamim Maranhão, sobrinho do ex-governador Maranhão.
“Venho defendendo, não é de hoje, uma reestruturação completa do Diretório Municipal do PMDB em João Pessoa. Precisamos instituir, urgentemente, uma alternância de poder no partido”, alfinetou.

Ataques a Nonato
Manoel Júnior aproveitou a entrevista na Master, também, para acusar o secretário de Comunicação do Estado, jornalista Nonato Bandeira, de ter mandado confeccionar e distribuir os adesivos ‘O velhinho vem aí’, foram afixados em alguns veículos na Capital em alusão à pré-candidatura de José Maranhão a prefeito de João Pessoa.

“Já convivi com ele e sei das práticas que ele utiliza. Não tenho medo de afirmar que esses adesivos foram feitos e entregues a mando de Nonato Bandeira, com o intuito apenas de criar uma cizânia entre mim e o ex-governador Maranhão”, denunciou.

Cássio fora
O deputado do PMDB ainda descartou qualquer possibilidade de disputar a Prefeitura de João Pessoa com o apoio do senador Cássio Cunha Lima, em caso de aliança do seu partido com o PSDB. “Não há nenhuma possibilidade disso acontecer. Tenho minhas restrições ao ex-governador Cássio, que em seis anos de gestão não construiu um único hospital na Paraíba e nem construiu uma única barragem”, justificou.

Paraíba Já

Com 9 ministros, STF trava pauta e prejudica Cássio

Uma nova licença médica do ministro Joaquim Barbosa e a aposentadoria da ministra Ellen Gracie deverão congelar a pauta de julgamentos do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) neste mês e prejudicar o andamento do processo do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB). Pelo menos essa é a previsão do Jornal o Esado de São Paulo, um dos mais respeitados veículos de comunicação do País.

Para o Estadão, sem os dois ministros, dificilmente o presidente da Corte, Cezar Peluso, colocará em votação este mês processos polêmicos que estão na fila, como a interrupção de gestações de fetos com anencefalia, a ocupação de terras por cerca de 3 mil comunidades de remanescentes de quilombos e o processo do ex-governador paraibano, que tenta assumir seu mandato no Senado Federal.

Barbosa, que já soma 120 dias de afastamento por problemas de saúde nos últimos dois anos, está de licença desde o dia 1º para se recuperar de uma cirurgia no quadril. Deve voltar ao Supremo no dia 31 de agosto. A aposentadoria de Ellen Gracie foi oficializada nesta segunda-feira (8) no Diário Oficial da União.

Com essas baixas, o STF volta a funcionar com nove ministros, como já ocorreu no ano passado. Em conversas reservadas, integrantes do tribunal reclamam que ficarão sobrecarregados. E advogados com processos no gabinete de Barbosa começam a se movimentar para garantir que seus processos andem.
No dia 4, por exemplo, o advogado José Eduardo Alckmin, que defende Cássio Cunha Lima, pediu formalmente ao STF que redistribua para outro ministro um pedido de liminar que, se concedido, garantirá a posse do político no Senado. Cunha Lima foi barrado na eleição de 2010 pela Lei da Ficha Limpa, mas o Supremo concluiu que a lei ainda não valia.