Uma nova licença médica do ministro Joaquim Barbosa e a aposentadoria da ministra Ellen Gracie deverão congelar a pauta de julgamentos do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) neste mês e prejudicar o andamento do processo do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB). Pelo menos essa é a previsão do Jornal o Esado de São Paulo, um dos mais respeitados veículos de comunicação do País.
Para o Estadão, sem os dois ministros, dificilmente o presidente da Corte, Cezar Peluso, colocará em votação este mês processos polêmicos que estão na fila, como a interrupção de gestações de fetos com anencefalia, a ocupação de terras por cerca de 3 mil comunidades de remanescentes de quilombos e o processo do ex-governador paraibano, que tenta assumir seu mandato no Senado Federal.
Barbosa, que já soma 120 dias de afastamento por problemas de saúde nos últimos dois anos, está de licença desde o dia 1º para se recuperar de uma cirurgia no quadril. Deve voltar ao Supremo no dia 31 de agosto. A aposentadoria de Ellen Gracie foi oficializada nesta segunda-feira (8) no Diário Oficial da União.
Com essas baixas, o STF volta a funcionar com nove ministros, como já ocorreu no ano passado. Em conversas reservadas, integrantes do tribunal reclamam que ficarão sobrecarregados. E advogados com processos no gabinete de Barbosa começam a se movimentar para garantir que seus processos andem.
No dia 4, por exemplo, o advogado José Eduardo Alckmin, que defende Cássio Cunha Lima, pediu formalmente ao STF que redistribua para outro ministro um pedido de liminar que, se concedido, garantirá a posse do político no Senado. Cunha Lima foi barrado na eleição de 2010 pela Lei da Ficha Limpa, mas o Supremo concluiu que a lei ainda não valia.
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