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sábado, 31 de maio de 2014

Especialista diz que decisão do TSE não altera situação de Cássio

Apesar da comemoração de aliados do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) em torno da resposta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à consulta sobre o prazo de inelegibilidade aplicado a candidatos enquadrados na lei da Ficha Limpa, o advogado especialista em Direito Eleitoral Francisco Ferreira afirma que a decisão da Corte Superior não alteraria a situação do tucano. Para ele, o caso de um deputado não pode ser similar a um governador. Isso porque a eleição de um deputado é decidida sempre em primeiro turno, enquanto que para os candidatos a cargos executivos, o pleito pode se estender a um segundo turno, o que aconteceu com Cássio em 2006, quando foi eleito e posteriormente cassado por conduta vedada.
 
"Com relação à consulta sobre a contagem do prazo de inelegibilidade, a decisão em nada alterou a situação jurídica e eleitoral do senador Cássio Cunha Lima mesmo porque essa consulta foi formulada por um deputado federal, cujas eleições ocorrem e finalizam  em primeiro turno. De outra parte, essa consulta não inovou a situação concreta do senador porque só disse o que a jurisprudência do TSE já sabia, que a inelegibilidade contava a partir da eleição. A consulta não disse de que eleição, onde está a insegurança jurídica do senador. A eleição de 2006 foi concluída em segundo turno e a lei das eleições, lei 9504 de 1997, diz que segundo turno é considerado nova eleição. Da mesma forma, a Constituição, em seu artigo 73, também entende. Se segundo turno é considerado nova eleição, e a própria lei da Ficha Limpa e a consulta diz que inelegibilidade começa a contar da eleição, então ela conta a partir do segundo turno, no caso, em 29 de outubro. Todos os estudos que fiz e as jurisprudência que consultei apontam que a ineligibilidade começa a contar da data da eleição em segundo turno. Este ano, ele está impedido de ser votado. A consulta que muitos comemoraram apenas reforçou mais ainda a situação precária dele disputar", disse o advogado.
 
A entrevista foi concedida ao programa Tambaú Debate, da Nova Tambaú FM.

Governo entrega Centro de Comercialização para assentados


O Governo do Estado, por meio do Projeto Cooperar, vai entregar neste sábado (31), a partir das 15h, o Centro de Comercialização da Agricultura Familiar, localizado às margens da BR 230, km 65,1, no assentamento Canudos, no município de Sobrado, aproximadamente 300 metros após a ponte do Rio Paraíba. Para a concretização da iniciativa foi feito um investimento de R$ 73,8 mil, que beneficiará diretamente 30 famílias assentadas da Reforma Agrária.

Os recursos oriundos do Projeto Cooperar e Banco Mundial foram destinados à Cooperativa dos Produtores Nordestinos da Agricultura Familiar (CPNAF) e vai atender os assentados da agricultura familiar das associações de comunidades rurais de Massangana II e III, Antônio Conselheiro, Canudos, Santana e 21 de abril. Os principais produtos que serão comercializados no local são milho, feijão, coco, inhame, abacaxi, hortaliças, entre outros.

A adoção de políticas públicas para os assentamentos na Paraíba é uma prioridade do Governo do Estado com a finalidade de proporcionar meios para a organização desse público como forma de inclusão social. Por meio do Cooperar, foram atendidos 70 assentamentos com o repasse de R$ 7 milhões em obras e atividades estruturantes.

O Centro de Comercialização da Agricultura Familiar no assentamento Canudos funcionará diuturnamente em quatro tendas tensionadas, que contarão com toda a infraestrutura necessária a mais uma etapa da cadeia produtiva da agricultura familiar, que é a comercialização. Com os recursos do Governo estadual e Banco Mundial também foram adquiridas 30 barracas padronizadas, 20 mesas e 80 cadeiras, imprescindíveis ao suporte da exposição dos produtos e bem estar dos comerciantes.

De forma planejada, o projeto concebido pela gerência técnica do Cooperar no Litoral vai contribuir para o sucesso da iniciativa por se tratar de uma localização privilegiada, com logística propícia e área de alta produção de alimentos da agricultura familiar, o que estrategicamente foi avaliado.

Para a técnica do Cooperar, Anatilde Targino, o centro vai agregar qualidade aos produtos expostos, possibilitando o fortalecimento da agricultura familiar na qual essa forma de produção predomina a interação com a gestão e trabalho. Segundo ela, a perspectiva é que novos assentados possam comercializar seus produtos no centro, como o assentamento Novo Taipu, Associações de Apicultores de Mari, entre outros, que já demonstraram interesse em participar do comércio no local.

No município de Sobrado, o Governo do Estado investiu, por meio do Cooperar, mais de R$ 219 mil, beneficiando quase 140 famílias com projetos de comercialização da agricultura familiar e abastecimento d’água singelo (ADS). O Centro de Comercialização da Agricultura Familiar fica localizado em Canudos, área de assentamento tutelada pelo Incra-PB.

Último recurso de Cássio foi negado nesta quarta pelo STF e senador pode ficar inelegível: entenda

Com a pré-campanha praticamente lançada, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) pode ser impedido de concorrer ao pleito e ficar inelegível até 2022. O senador pode ser ‘enquadrado’ não pela lei ficha limpa, mas pela lei complementar 64/90.
Enquanto o senador destaca que se enquadrado na Lei ‘Ficha Limpa’, ele já teria cumprido a sentença e ainda destaca que mesmo sendo oito anos, a inelegibilidade acabaria antes daseleições deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou e negou os embargos declaratórios, que eram o último recurso de Cássio e o senador pode ser enquadrado na Lei 64/90.
A tese defendida é que Cássio não pode ser enquadrado na Lei Ficha Limpa, mas sim na 64/90 que determina que a inelegibilidade só começa a contar a partir do trânsito em julgado da decisão, ou seja, a partir desta quarta (28).
O julgamento do último recurso do processo de cassação de Cássio aconteceu com a publicação do acórdão dos embargos de declaração no agravo de instrumento contra a decisão que denegou Recurso Extraordinário conta a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e confirmou a cassação do tucano.
Sendo assim, o tucano não poderia concorrer ao pleito deste ano para governador do Estado da Paraíba.
Confira o texto do STF abaixo:
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 20.9.2011.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ELEITORAL. CASSAÇÃO DE GOVERNADOR E DE VICEGOVERNADOR. PARTICIPAÇÃO DE ASSISTENTE. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.  IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA 

Número novo: STF 2ª T AI  760.103
Número antigo: STF 2ª T AI  760.103

Número complementar: 2009/76043
Status: Ativo 
Errata: O Diário da Justiça Eletrônico foi publicado em outubro de 2011, contudo o de acordo com a lei 64/90, senador estaria inelegível até 2019 e não 2022.
Redação

Renomado advogado eleitoralista, professor da UFRN, garante que Cássio está inelegível

O renomado advogado eleitoralista Rodrigo Rabelo professorar da UFRN, em entrevista a uma emissora de Campina Grande nesta sexta-feira (30), garantiu que senador Cássio Cunha Lima (PSDB) , está inelegível. O pré-candidato a governador afirmou ontem (29) está elegível devido a uma decisão semelhante emitida sobre uma consulta no TSE.

Segundo Rodrigo Rabelo que disse que a decisão de ontem do TSE é relativa a eleição no 1º turno, no caso da PB a eleição foi no 2º turno. Então mesmo que se admita a contagem na forma como foi respondida, na eleição deste ano, Cássio da mesma forma estaria inelegível. “Não há o que comemorar”, afirmou.

Cássio havia negado inelegibilidade - O tucano diz que informações partem de pessoas que querem plantar terrorismo. Através de seu twitter, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) negou que a decisão referente a um embargo no Supremo Tribunal Federal (STF) possa torná-lo inelegível por mais oito anos.

Segundo Cássio, o que foi jugado pelo STF foi apenas uma confirmação da sentença que já havia sido proferida pela Justiça. Para ele, os adversários estão tentando fazer terrorismo, repetindo assim, os fatos políticos de 2010 “Repete-se o mesmo terrorismo de 2010. Agora falam em 16 anos de inelegibilidade. Pena perpétua? Medo de urna? Deixem o povo votar” indagou Cássio em seu twitter.

PBAgora