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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

RC garante a Romero ajuda ao São João e ao mutirão da ´limpeza´ em CG



A prefeitura de Campina Grande e o governo do Estado voltarão a andar juntos. É o que se deduz da audiência entre o prefeito eleito Romero Rodrigues (PSDB) com o vice-prefeito Ronaldo Cunha Lima Filho (PSDB) e o governador Ricardo Coutinho (PSB) na manhã desta segunda.
 
O governador se comprometeu a fechar e consolidar diversas parcerias com a nova gestão em Campina Grande. Além das obras que estão em execução, assegurou promessa de recursos para o São João e, de forma emergencial, a garantia da estrutura do Estado para o “mutirão da limpeza” que a nova gestão de Campina quer fazer já nos primeiros dias de 2013.
 
Pra acentuar o valor das novas parcerias, o governador revelou aos novos gestores de Campina algo que os deixou perplexos. Segundo ele, a atual gestão simplesmente recusava aceitar ajuda e ações do governo do Estado. Até para o Maior São João do Mundo. “Recursos para divulgação no Brasil e até no exterior foram recusados”, disse Ronaldo Cunha Lima Filho após ouvir o governador.
 
O prefeito e vice-prefeito eleitos de Campina também ficaram chocados com o fato de que transporte escolar da prefeitura deixava de pegar alunos da rede pública estadual simplesmente por eles estudarem em escolas do Estado.
 
“Isso vai mudar”, garantiu Romero, que também se comprometeu em retribuir as parcerias do governo.
 
Luís Tôrres

PF divulga nomes dos policiais presos na Operação Squadre


Subiu para 40 o número de presos na Operação Squadre, desencadeada na última sexta-feira pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público da Paraíba. Ontem, se apresentou à polícia o gerente da empresa Fator, que fazia segurança privada clandestina e era comandada pelo major da Polícia Militar, Gutenberg Nascimento e seu irmão Neubon Nascimento. O superintendente da PF, Marcello Diniz Cordeiro, informou que a milícia fazia segurança para grandes empresas e rede de supermercados e que os empresários serão ouvidos para esclarecimentos. Faltam cumprir cinco mandados de prisão. Ontem, a PF divulgou os nomes alguns presos na operação.       

Segundo Marcello, os alvos principais da operação foram presos e até ontem nenhum havia sido liberado. O prazo das prisões provisórias termina esta semana, porém o delegado da PF, Milton Neves, responsável pela investigação, pode pedir prorrogação para mais cinco dias (30 presos estão nessa situação). Ao todo, são 24 policiais militares e civis presos. “Faltam cinco pessoas se apresentarem, um cabo da Polícia Militar e quatro da Polícia Civil, envolvidas nas milícias que praticavam extorsão e ofereciam segurança clandestina. Do grupo de extermínio estão todos presos”, informou.

A operação Squadre desarticulou um grupo de extermínio que atuava na capital e em municípios da Grande João Pessoa. Integravam o grupo o subtenente da Polícia Militar Olinaldo Vitório Max, o sargento Erivaldo Batista – respondeu judicialmente por seis homicídios e foi inocentado pelo júri – e o cabo Vítor Padro Freire.

 1) Extermínio
Grupo matava em troca de algum tipo de favor, dinheiro ou alguma coisa que os compensassem de alguma maneira. O valor dependia da situação, mas havia também troca de favores. O grupo é suspeito da morte de “Betinho”, ex-presidiário que era procurado pela polícia e do cabo da PM, A. Santos. Todos estão presos preventivamente (mínimo 30 dias). Um deles, inclusive, tinha participação na venda ilegal de medicamentos. Os integrantes presidiários do PB-1 informavam os alvos a serem eliminados aos integrantes soltos.
Fazem parte:  
Ismael Porto do Nascimento (conhecido como Domel presidiário considerado de alta periculosidade);
Leonardo José Soares da Silva (presidiário conhecido como Leo)
Ednaldo Silva dos Santos (presidiário conhecido como Naldinho que tem estreita ligação com Vítor)
Andrilson Luiz de Lima
José Rodrigues da Silva (conhecido como Museu, agente da Polícia Civil)
Vítor Prado Freire (cabo da PM conhecido como Cabelo. Ameaçou o secretário de Segurança Cláudio Lima)
Elinaldo Vitório Max (subtenente da PM)

Erivaldo Batista (sargento da PM, já respondeu por seis homicídios e foi inocentado pelo júri. A PF vai investigar ligação do grupo com o júri).

 2) Segurança privada

Grupo mantinha a empresa Fator, que é legalizada na Polícia Federal, mas usava civis armados e sem preparação para fazer a segurança de empresas e estabelecimentos comerciais. O grupo também tem envolvimento com a compra e venda de armas e munições, prática comum nas três milícias.

Fazem parte:
Gutenberg Nascimento (major da PM)
Neubon de Lima Nascimento (capitão da PM e irmão de major Gutenberg)
Jackson Barreto dos Santos (sargento)
Josinaldo (gerente da empresa Fator)


Fonte: PBHOJE com Assessoria da PF