Apesar dos avanços, o Brasil ainda é um país de extremo desequilíbrio econômico e, por tabela, social. Enquanto poucos ficam com a maior parte da renda, muitos ficam com a menor. É uma fórmula que se encaixa exatamente na folha de pessoal do funcionalismo público estadual.
Estudo recente feito pela equipe econômica do governo aponta que 12% dos servidores públicos estaduais, incluindo neste bloco categorias como a do Fisco e dos procuradores de Estado, entre outras, ficam com 54% de todos recursos da folha, que oscila hoje em aproximadamente R$ 215 milhões por mês. O que sobra é dividido com os 88% dos servidores restantes.
Ou seja, de um universo de 110 mil servidores, pouco mais de 12 mil funcionários dominam a maior fatia do bolo. E brigam pra querer mais, dificultando o avanço salarial daquelas categorias que, apesar de majoritárias, dividem pedaço menor.
É um descompasso que precisa ser ajustado.
Luís Tôrres
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