De um lado, oposicionistas esperando o sangue espirrar da tela para reforçar a tese de caos na saúde pública da Paraíba. Do outro, governistas ansiosos pra receber a pancada e procurar imediatamente remédio.
Matéria no ar. Tensão. Unhas roídas. E uma surpresa. A matéria, acima de tudo, acaba colocando o governo Maranhão III e todos os seus em situação de suspeição.
A Paraíba foi o único estado revelado na matéria cujo governo anterior teve que se justificar. Maranhão apareceu no Fantástico acusado de fazer entrega de ambulâncias sem atender os critérios técnicos. Até os municípios citados – Sapé e Guarabira – são governados por prefeitos que votaram em Maranhão.
Ex-secretários do governo passado tiveram que se explicar em nota.
Na matéria, o repórter do Fantástico, como já registramos, chega a questionar por que “construir a casa pelo teto”. Ou seja, entregar ambulâncias sem estrutura. E ainda arrematou: algumas ambulâncias estão há um ano abandonadas. Ou seja, paradas desde o governo anterior já que o atual tem nove meses.
Fim da matéria. Peemedebistas e ex-gestores do Maranhão III não sabiam se comemoravam ou se defendiam. Houve um desencontro de análises. No final, uma constatação: no lugar de expor negativamente a gestão do PSB na Paraíba e em João Pessoa, a matéria do Fantástico atingiu a imagem do governo Maranhão III.
Daí surgiu uma dúvida que tirou o sono do PMDB de Maranhão e que durante toda segunda-feira provocou ligações telefônicas entre os peemedebistas: o Sistema Cabo Branco, que entrou em rota de colisão com a atual gestão, quis sinalizar positivamente para o governo Ricardo Coutinho?
Em suma, rompeu com a oposição?
Pelo jeito, não. Mas, a partir de agora, o PMDB da Paraíba saberá que, parodiando o ilustre Augusto dos Anjos, o Fantástico que afaga é o mesmo que apedreja.
Luís Tôrres
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