Quem nunca viu o que eu vi e vivenciei neste último final de semana, pode até pensar que o Sertão é apenas aquilo que está descrito no Dicionário. Uma região distante das povoações ou das terras cultivadas, terrenos cobertos de mato e longe do litoral, onde perduram tradições e costumes antigos, secas prolongadas, rachaduras na terra estorricada, sofrimento.
- Ah, não! O sertão não se resume a essa descrição; O sertão tem muito mais o que se ver e o que sentir.
Neste último final de semana, juntamente com minha família, estive presente à tradicional festa de Nossa Senhora dos Remédios, padroeira da cidade de Igaracy, situada há quinhentos Km de Rio Tinto, onde moro. Foi duas semanas de festa muito bem organizada, sob a coordenação de um jovem padre, o padre Jackson, vigário daquela comunidade religiosa, que, com muita autoridade, competência e equilíbrio garantiu o sucesso da festa.
O bravo e polêmico opositor das injustiças sociais, padre Djaci Brasileiro foi um dos celebrantes convidados, e no sermão mandou o seu bombástico recado às autoridades constituídas, como sempre o faz.
Minha ligação com Igaracy começou com o meu genro, Aldo Lúcio (Nico de Juarez), recém-eleito vice-prefeito do município. De tradicional família, representada pela matriarca Maria Aline Brasileiro (Dona Galega), Nico acaba de se revelar uma emergente liderança política, patenteada pelo seu comandante maior, o tio Celino, atual prefeito, somando-se a este e a tantos outros parentes já devidamente testados nas urnas.
A festa foi abrilhantada por excelentes músicos e instrumentais de lá mesmo, da região sertaneja, com destaque para a banda “Flor de Lotus”, um espetáculo à parte, formada em sua maioria por simpáticas moças bonitas, cujo profissionalismo não deixa nada a desejar, comparando-se com as outras que conheço. Sem dúvida uma das melhores.
Uma confraternização daquelas que bate a saudade logo que a festa termina. Na mesa a presença do prefeito Celino e sua consorte, dona Ilda, da simpática Delzinha, prefeita recém-eleita, devidamente acompanhada de seu esposo, do casal ex-prefeito Hélio Costa e dona Fátima, de seu genro Mano de Duquinha, dos vereadores Geraldo de Zeca, Geraldo Regina, Zé Filho, Riavaldo Araújo e outros. Destacamos, ainda, a presença da simpaticíssima Magna Monara, filha de seu Celino, por ser ela uma excelente cantora profissional. É de se registrar também as presenças dos ilustres amigos Dr. João Chaves (médico da nossa região) e seu irmão Paulo Chaves, do engenheiro, empresário e líder político Carlinho de Celino, e do engenheiro agrônomo Leopoldo, genro do prefeito, entre outros. Detalhe: Apesar da recente campanha eleitoral, na festa ninguém falou em política, nem houve nenhum registro de violência.
Mas o que mais despertou a minha curiosidade nas coisas do sertão foi a peculiaridade de seu povo. Na igreja a religiosidade estampada no semblante de cada um e a fiel obediência à ritualística do ato religioso; A hospitalidade sertaneja não pode ser imitada: O prazer de nos receber, a alegria contagiante, o sorriso largo seguido do aperto de mão e do abraço sincero.
Sebastião Gerbase (Basinho)
Versos para Duí:
Um dos melhores momentos
Que passei em Igaracy
E espero passar de novo
Quando eu voltar por aí
Foi quando fui visitar
Conhecer e abraçar
O meu amigo Duí.
Pense num baixinho bom
De beber e de brincar
De receber bem a gente
De cantar, de aboiar,
De fazer mudar o clima
Fazendo verso sem rima
E sem precisar rimar.
Pois bem, Duí, fique certo
Que eu voltarei aí
Vou descobrir o seu nome
Que eu sei que não é Duí
Foi bem algum atrevido
Que botou esse apelido
Pra gente se divertir.
Mas eu gostei desse nome
Porque é pequenininho
Meio parecido com o dono
Que é um pouco baixinho
Simpático, bem humorado,
Valente, desaforado
E amigo de Basinho.
Gostei, temos que Preservar uma figura como nosso Amigo Duí !!!
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