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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Ricardo e Fátima: filmes de guerra, canções de amor


No dia em que o ex-governador José Maranhão, presidente do PMDB paraibano, deixou escapar reconhecimento ao trabalho de Ricardo Coutinho (PSB), sua esposa, a desembargadora Fátima Bezerra, presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, mantinha audiência com o governador na Granja Santana, lugar que ela já ocupou como primeira-dama.

Na ocasião, reforçando a intenção de fortalecer a harmonia entre os poderes na Paraíba, Fátima Bezerra também teceu elogios a Ricardo. Destacou a parceria fechada entre o governo do Estado e o Ministério Público Estadual em favor da segurança pública e colocou o Poder Judiciário à disposição para colaborar igualmente.

Presidente do partido que quer retomar o poder do Estado em 2014, Maranhão, certamente, não terá como ir além do que disse ontem. Aliás, é provável que tenha a orelha puxada pela família Vital do Rego, no sentido de evitar afrouxamento das críticas à atual gestão. Na política e na guerra, as gentilezas não são comuns.

Já a desembargadora Fátima está livre de tais amarras. Ou pelo menos, deverá estar. Ao que parece, ela avança no sentido de deixar o Tribunal de Justiça da Paraíba acima de qualquer suspeita quando o assunto é governo do Estado, demonstrando publicamente o interesse de revelar a sociedade que, respeitando-se os limites da legalidade, não será o Tribunal de Justiça obstáculo para o governo Ricardo Coutinho governar.

Aparentemente, está cumprindo o roteiro à risca. 
Luís Tôrres

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