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quinta-feira, 14 de junho de 2012

PF prende advogados acusados de praticarem golpes em João Pessoa


A Polícia Federal (PF) está realizando neste momento uma operação no Edifícil Quinta Del Mar, localizado na orla do Cabo Branco, em João Pessoa. De acordo com o representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Deusimar Guedes, três advogados foram presos na manhã de hoje, durante a operação que foi desencadeada para prender pessoas acusadas de praticar golpes através do Seguro DPVAT.
A Polícia Federa cumpriu mandados de prisão preventiva em desfavor de três advogados acusados de participar do esquema, que consistia na apropriação indevida de indenizações cobertas pelo Seguro DPVAT. As investigações da polícia revelam que os golpes causaram um prejuízo a beneficiários na ordem de mais de R$ 30 milhões, nos últimos anos.
Além das prisões preventivas, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca de busca e apreensão na Paraíba, um no Estado do Rio Grande do Norte e outro em Pernambuco. As buscas foram realizadas em escritórios de advocacia, bem como mandados de sequestros de veículos e de bloqueio de conta bancária. Outros advogados foram intimados e deverão ser indiciados.
De acordo com informações da Polícia Federal, a fraude se iniciou quando um oficial de justiça do Tribunal de Justiça da Paraíba obteve indevidamente inscrição na OAB, mediante a apresentação de documentos falsos. A partir de então, associou-se ele a advogados em escritórios de advocacia nos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, entre outros. A partir daí, foi montado o esquema de captação de beneficiários hipossuficientes em diversas localidades.
Em alguns casos, ações judiciais foram ingressadas mediante pagamento de vantagem financeira a servidor público, a fim de agilizar o trâmite dos processos. A partir de então, os beneficiários permaneciam alheios ao andamento processual. Quando da realização da audiência, são eles, não raro, substituídospor terceiros, participantes do esquema criminoso. Em seguida, após decisão favorável, advogados recebiam os alvarás judiciais de pagamento de indenização, apropriando-se dos valores.
Os crimes investigados e sobre os quais pesam indícios sobre os investigados são; formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, apropriação indébita, uso de documentos falsos, falsa identidade e lavagem de dinheiro.
Por Priscylla Meira, com informações de Jorge Filho e da Assessoria da PF.

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