A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta terça-feira (5), a ampliação do prazo do financiamento da casa própria com recursos da poupança de 30 para até 35 anos. Foram anunciadas ainda novas reduções nas taxas de juros dos financiamentos.
O anúncio é feito em meio aos esforços do governo para reduzir os juros bancários e estimular o crescimento da economia. As medidas valem a partir da próxima segunda-feira (11), mas não englobam imóveis financiados dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal.
Para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), as taxas caem de 9% para 8,85% ao ano, mais TR (Taxa Referencial), para todos os clientes. A taxa pode chegar a 7,8% ao ano mais TR, dependendo do nível de relacionamento com o banco.
Fora do SFH, as taxas foram reduzidas de 10% para 9,9% ao ano mais TR para todos os clientes, podendo chegar a 8,9% ao ano mais TR no caso de relacionamento com a Caixa.
“Dos nossos financiamentos, 82,8% são para famílias com renda de até 10 salários mínimos”, disse o vice-presidente de Governo e Habitação do banco, José Urbano Duarte.
Segundo ele, essa nova redução mantém o banco com as menores taxas do mercado e ainda permite aos clientes comprar imóveis melhores e em condições ainda mais vantajosas.
No fim de abril, o banco tinha anunciado seu primeiro corte de juros no financiamento imobiliário, que passou a valer em 4 de maio, na estreia do 8º Feirão da Casa Própria.
Exemplo
No caso de uma pessoa com renda familiar de R$ 10 mil, independentemente do relacionamento com o banco, pelas regras anteriores poderia financiar até R$ 267 mil, segundo o banco. Com as novas taxas e prazo de 420 meses, poderá financiar até R$ 280 mil. Se essa mesma pessoa tiver conta salário no banco, poderá financiar até R$ 303 mil.
Por lei, os bancos precisam destinar pelo menos 60% dos recursos depositados em suas cadernetas de poupança a financiamentos de imóveis. Imóveis financiados com recursos da poupança podem ser comprados pelo SFH ou fora do sistema. O financiamento pelo SFH dá direito a taxas menores, mas vale para imóveis de valor mais baixo, de até R$ 500 mil.
Além disso, esses imóveis comprados pelo SFH estão sujeitos à alienação fiduciária, que permite que o imóvel seja retomado e vá a leilão caso haja um atraso superior a 30 dias no pagamento da parcela do financiamento.
Pacote também reduz taxas à produção de unidades
O pacote habitacional também beneficia empresas da cadeia da construção civil. As taxas de juros para financiamento à produção de unidades residenciais com recursos da poupança caiu e o prazo de financiamento foi ampliado de 24 para 36 meses.
A taxa do programa Plano Empresa da Construção Civil foi reduzida de 11,5% para 10,3%. Para empresas clientes com relacionamento na Caixa, a taxa poderá chegar a 9%. O programa é destinado a construtoras e incorporadoras.
Já para a produção de imóveis comerciais, os juros efetivos caem de 14% para 13%. Essa taxa poderá chegar a até 11% para empresas que têm relacionamento com o banco – uma redução de até 3 pontos percentuais.
Nos casos de financiamento para construção ou aquisição de imóvel próprio com recursos da poupança, a taxa efetiva para pessoa jurídica cai de 13,5% para 12,5. O juro pode chegar a até 11,5% dependendo do grau de relacionamento com o banco.
UOL
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