O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) falou ao jornalista Arimatéa Souza, do Jornal da Paraíba, sobre os dias sombrios que tem vivido, motivo de sua retração das atividades políticas e sociais no Estado. Foi um depoimento com olhos marejados.
“A queixa é pertinente. Reconheço que estou distante. Mas antes de ser um homem público, eu sou um ser humano. Tenho minhas vicissitudes e é impressionante como a vida tem me trazido provações, uma na sequência da outra.
“Após a cicatriz profunda da cassação, que eu carregarei para o resto da vida, veio a dificuldade para tomar posse. Logo depois, veio o problema da doença de Ronaldo.
“Como todo filho, eu amo o meu pai. Só que o poeta na minha vida é mais do que um pai. Ele é o responsável direto por cada passo que eu dei nessa minha trajetória.
“É algo muito sofrido. Eu vou dizer isso, Arimatea, pela primeira vez: É uma morte a cada dia. Ronaldo já não tem mais condições de viajar. Tenho a consciência plena (falando e chorando) que não o terei por muito mais tempo ao meu lado.
“Durante a semana fico em Brasília trabalhando, cumprindo as minhas obrigações. Quando eu volto, procuro ficar ao lado dele, porque sei que muito em breve eu não poderei tê-lo ao meu lado. E não quero deixar de dizer nada, de perguntar nada; não quero ficar com a sensação de que faltou algo”.
Ainda Cássio: “É uma experiência muito dura, que eu não desejo para ninguém. E isso interfere na minha atividade como homem público. Então, a minha ausência de Campina é a presença ao lado de Ronaldo, que não deixa de ser um pedaço desta cidade”.
Paraibaonline
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